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  • Foto do escritorPIBID HISTORIA UDESC

SAÍDA DE CAMPO: Igreja de Nossa Senhora da Conceição


"A saída de campo com os alunos do sétimo ano da E.B.M. Henrique Veras foi uma experiência maravilhosa. Entrar em contato direto com os estudantes e participar, mesmo que brevemente, do processo de aprendizagem - individual e coletivo - me fez perceber o quão dinâmico é o papel do professor. Enquanto futuros professores somos preparados para o ambiente em sala de aula, mas ao sair do ambiente escolar e levar a turma para explorar a comunidade onde se vive, me fez perceber que o professor deve sempre estar preparado para lidar com todos os tipos de ambientes, articulando-os para o propósito de sua aula.





Havia muito tempo que eu não entrava em uma escola e, ao voltar para aquele espaço, consegui relacionar muitas das minhas vivências com um olhar mais maduro e atento ao lado pedagógico que nos é ensinado na universidade. A turma do sétimo ano era composta por alunos de 13 e 14 anos, fase em que ainda se é criança, mas também quase adolescente. Por ser uma faixa etária relativamente próxima, acredito que a relação com os alunos se tornou mais fluida. Eles eram muito comunicativos e faziam brincadeiras constantemente. Alguns estavam mais atentos aos passos da professora, enquanto outros estavam se divertindo por estarem em um espaço que não fosse a escola.



Entretanto, de forma geral, todos foram receptivos com a nossa chegada (bolsistas do PIBID) e se sentiram confortáveis, fazendo piadinhas e "puxando papo".

Sem dúvida alguma foi uma oportunidade que adoraria repetir. Foi uma mistura de sensações e percepções, sendo que a mais inusitada, para mim, foi o de estar em uma posição indefinida. Em outras palavras, eu não estava lá como professora, mas também não como aluna daquela escola. É como se estivesse em um meio-termo entre professora-aluna. Inclusive, um dos alunos ficava nos chamando de “tias”, o que me soou engraçado e bem próprio do momento."

Lara Haro



"Depois de anos sem entrar em uma sala de aula, gostei muito da experiência que tive em passar uma boa parte da tarde na companhia da turma do 7º ano. Chegamos na sala de aula e os alunos foram aos poucos entrando e se sentando, fomos apresentadas a eles e eles a nós, dava para perceber de leve a vergonha que eles sentiram no primeiro contato. Quando todos haviam chegado, fomos andando pelas ruas ao redor da escola – no bairro Lagoa da Conceição –, observando as casas com estruturas mais antigas as quais eles tinham que analisar para responder um questionário feito pela professora.


No caminho todo tentei ao máximo interagir e imaginar assuntos em comum que eu poderia ter com eles, chamando a atenção para lugares que eu achava interessante eles observarem para ajudar com as questões. Foi minha primeira experiência na posição de professora e pude sentir na pele a dificuldade que é conseguir prender a atenção de alunos, principalmente de 12-14 anos, por mais de 5 minutos. Mas foi muito divertido. Acho que consegui desenvolver a curiosidade neles pois em um certo momento, um pouco antes do intervalo onde paramos para comer, um grupo deles explorava uma parte da vegetação que tinha ali, chegaram em mim alegando terem encontrado uma cachoeira, fui junto para ver e nisso levei comigo mais 3 alunos, só ouvi eles falando “se a professora vai eu também quero ir”, foi muito emocionante para mim ser reconhecida assim.


Na volta vim conversando com eles o tempo todo, senti que estava mais próxima deles e que eles não estavam mais com tanta vergonha quanto antes; dois alunos até me falaram “nossa queria muito que você fosse minha professora”, isso acendeu uma chama em mim e me fez ver que todo meu esforço até agora estava valendo a pena, toda minha dedicação em estudar para ser a profissional que eu almejo ser parece que foi comprovada com essa simples frase de alunos do 7º ano. Estou ansiosa para mais momentos como esse."

Laura Chalfun Pinto




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